02 julho 2011

fora de palco... (II)

gostastes do mar, que bom!
o barco já lá vai e nós aqui, nesta praia.
ainda a noite é uma criança, que te apetece fazer para aproveitarmos o tempo até ao amanhecer?
amor, alguma vez estiveste, de noite, numa praia? te sentastes à beira mar, descalça, sentindo o cheiro penetrante da maresía, a areia a humedecer-nos a roupa, a pele? olhando o infinito do céu e esperar por uma estrela cadente?
deixa-me pedir-te o seguinte;
vamos sentarmo-nos à beira mar, sentir o mar, as ondas, a maresía, a areia, e aproveitarmos o, ainda, azul noturno do céu, que dizes? vamos? vá lá...
eu faço uma fogueirinha para nos aquecer... tá?
eu sabia que não me dizias que não!
então vá, senta-te e põe as tuas sandálias junto aos meus chinelos. acomoda-te na areia, sente a sua frescura e deixa que ela te acaricie, que envolva os teus pés.
já tenho aqui o material para a nossa fogueira.

huuumm... que tal?
amor, já tens o teu vestido todo molhado, mas olha que as minhas calças não estão diferentes.
amor, para quem já está como está, vamos até ao mar? tomar um baninho? assim molhamo-nos todos e depois corremos para junto da nossa fogueira...sim?

haaaa...
como é bom sentir o mar.
amor, estás a gostar? olha, eu vou tirar as minhas calças e a camisa. estão a pesar-me no corpo e quero sentir a água, este mar na minha pele.
espera... vou pôr as roupas junto à fogueira.
diz... chamaste?
mas... também tirastes as tuas roupas?
tá, vão todas para junto da fogueira.

huummm... assim é diferente, o mar tem outro gosto, outro sentir.
o teu corpo é lindo com a luz da lua, e assim, todo molhado. vou beijar os teus ombros e sentir se já sabem a maresía.
que frescos, suave a tua pele, mas ainda com um gostinho do teu perfume.
amor, os nossos corpos estão quentes, sentes? e estamos dentro dentro d'água...

continua... (talvez) 

16 comentários:

Sonhadora (Rosa Maria) disse...

Meu querido amigo

Todos os ingredientes para uma noite de sonho...todos os sonhos para uma noite de amor...todas as estrelas do céu a iluminarem a paixão com o luar tecendo vestidos de maresia e as mãos do poeta repletas de fantasia.

Beijinhos e aplaudo em silêncio
Rosa

Anónimo disse...

Essa prosa poética vai longe pelo jeito! E sr Retrato, você a seduziu... De mansinho foi chegando, molhou a roupa sem querer querendo né? Somente para reclamar o peso e poder tirar tudo. Tsi...tsi...tsi...
Mas, à noite, numa praia, homem e mulher, a promessa de uma fogueira é mesmo pra lá de tentação!
Uii gostei!
Beijokas doces com sabor de quero mais! (quer dizer mais prosa, já que deixou reticências, tem possibilidades de ter mais emoções em uma praia deserta)

mfc disse...

E... se não continuar a gente imagina a beleza e o conforto interior que tão bem acabaste de descrever!

Luna disse...

Ainda bem que acertei na resposta da tua Deusa,mas quem pode resistir ao mar a um céu estrelado á envolvencia do amor, que a fogueira da paixão se mantanha sempre acesa na praia dos sentidos

bjs

Vivian disse...

...o bom do amor imaginário,
é que podemos levá-lo
a qqr lugar, e dele
saciar todos os nossos
sentires.

adoro ler você!

bjbjbjbjbj

Aninha Zocchio disse...

Ahh o mar... o amar... o amor... amando-se a noite, no aconchego dos braços do outro, amor e fogueira, calor e abraços...
continue poeta... continue!!
Abraços!!!

Ingrid disse...

que encantador!
gostoso de ler devagar..
beijos e uma linda noite!

MA FERREIRA disse...

Ah..quem não se imaginou numa praia..com seu amor.. de mãos dadas, noite quente, corpos ardentes, estrelas no céu, nos olhos, no mel de um beijo?
Na praia, ao vento... quem não se imaginou..noite quente..

Adorei seu texto..espero que continue...

Bj
Ma

Anónimo disse...

Retrato,

A sua continuação... é linda, mas envolve muita realidade, real.

Nessa praia, basta a vastidão de um olhar no crepitar das faúlhas, para que o silêncio seja o manto que abarca todos os sentires, que a maresia adensa.

Desculpe se me excedi na análise.

Bem haja.

Só pra você disse...

Que lindo! quero saber o resto deste texto, quero saber o final... Parabens!

Beijocas

sérgio figueiredo disse...

caro(a) Anónimo(a),

agradeço o comentário que me deixa e isento-o(a) do pedido de desculpas porque não exite razão para mo fazer.

não cometeu excessos, e o post não é mais do que a minha imaginação.
pode haver, e acredito que há, realidade (viva) idêntica à deste quadro, mas no meu caso não é real, apenas imaginação!
a mente (inspirada), e as palavras escritas.

Anónimo disse...

Retrato,

faça-me a justiça de eu ter compreendido, e daí a minha exigência, que o post, a exemplo de outros que sigo é fruto da sua prodigiosa imaginação.

Essa «realidade (viva) idêntica à do quadro», é banal e não merece sequer um olhar fugaz.

A sua mente tem a inspiração necessária para encontrar palavras menos vulgares, que obriguem o leitor/ra a desvendar o quadro mental da metáfora.

Não fique zangado comigo, porque só quero transmitir-lhe que,julgo as suas capacidades literárias mal aproveitadas, compare os textos I e II, repare que a beleza decresceu ao contrário do que devia ter acontecido.

É uma opinião, que pode não ser partilhada por si, mas que faz parte da minha sincera apreciação, sem minimizar o texto, só que lhe encontro espaço para uma maior extensão.

As minhas desculpas.
Até...

sérgio figueiredo disse...

caro(a) Anónimo(a).

uma das minhas virtudes, e na condição de expor em público o que escrevo, é aceitar toda e qualquer crítica, desde que se veja na companhia do respeito, é o caso...
nesse sentido, a sua opinião será um convite à minha reflexão, lendo e comparando os dois post's, tomando como referência o seu "reparo".
não tem que me pedir desculpa e muito menos, ajuizar que ficarei zangado. estas criticas, para mim, são fontes de aprendizagem.

obrigado
até...

Anónimo disse...

Retrato,

Nada de desculpas, mas sim justificações, que não sei se serão válidas e suficientes para atenuar, um pouco, a minha intervenção "crítica" nos seus dois belos textos.

1º - Não devia fazê-lo, a condição de anónimo/a, não mo autoriza.

2º - Não repare no meu "reparo", ele é emotivo e não pode servir de convite à sua reflexão.
Tomei-o, inadvertidamente, por o considerar Alguém com quem tenho afinidades literárias, pois nos blogues que tenho visitado, os escritores e poetas de que fala, são alguns dos que têm feito o meu longo caminho, e por essa razão caí no erro de fazer aqueles comentários.
Ainda por impertinência, faço juizos sem jeito.

3º- Só voltarei aqui, quando limar todas estas arestas, mas acompanhá-lo-ei.

Até...

sérgio figueiredo disse...

Caro(a) Anónimo(a),

não pense dessa maneira e não me faça isso a que se propôe.

1º- o ser Anónimo(a) é uma opção que eu nunca critiquei, e são muitos os que tenho encontrado pelos caminhos da Blogosfera, mas acima de tudo, respeito, respeito e dou-lhes o mesmo direito de se expressarem como qualquer outro Amigo que, não sendo anónimo, me deixa as suas palavras.

2º- continuo a dizer que é com os comentários que recebo, sejam eles de quem quer que seja e sendo eles negativos ou positivos, todos os leio como uma critica aos meus post's e é por aí que tenho de dar a minha maior atenção para compreender se o que escrevo, que é o meu sentir, o meu "eu", assim é interpretado e se a forma como o faço é a mais correta e expressiva com as palavras que utilizo. portanto, insisto, os comentários para mim são uma fonte de aprendizagem.

3º- não me faça isso, é um pedido sincero! não se iniba de me expressar a sua opinião.

até...

Parapeito disse...

gostei deste murmulhar das palavras feitas ondas.
brisas doces e uma boa semana*