16 março 2011

05 março 2011

desconhecido, para procurar...

viajo num céu azul onde as estrelas são luz, e eu...
uma nuvem "só", sem destino... cinzenta.

único na imensidão desse infinito
procuro, no desconhecido,
o lugar onde descarregar o peso da cor,
que não quero, muito menos,
perseguido pelo cantar de estrelas... cintilantes,
tingindo-me de uma frieza tórrida, mórbida,
desfocando-me de vida própria.

01 março 2011

apenas isto... porquê?

eu sei, eu sei que muitos dirão,  "agora todos escrevem sobre a pobreza, a guerra, e que estão fartos de ler e ouvir", mas eu insisto, e sei que estou a repetir outros Bloguistas.
eu insisto no sofrimento que "habita" em corpinhos, tão pequenos e inocentes, e que apesar desse peso, tão injusto, as suas carinhas conseguem denunciar sorrisos, tão brilhantes, e tão ignorantes.

também sei que haverá alguém a dizer, "e é com estas tuas palavras que consegues mudar o Mundo?".
infelizmente não, mas em consciência, sei que estou com essas crianças no meu pensamento, e a sofrer, à minha maneira, a dor que as alimenta. 

uma criança não devia "saber", ou "sentir", cantar uma música destas. demonstrar a qualidade da sua voz, que a tem, expressando palavras, melodiosamente conjugadas, mas tão negras. contribuem, sem dúvida, para um alertar todos nós, com idades bem mais responsáveis, convidando-nos a refletir no resultado final depois de todas somadas... a letra de uma canção, brilhantemente interpretada, mas em contra-partida, denunciando este Mundo em que vivemos, e tantas crianças a crescerem no leito do sofrimento.

a cada dia que nasce, "a guerra propaga-se" e o número de "crianças a sofrerem... aumenta".