quero, quero muito...
quero dizer-to, olhos nos olhos, lábios nos lábios. com as mãos que te despem, as mesmas que acariciam os teus cabelos, os teus seios. as mesmas que percorrem, suavemente, as tuas costas, e se acomodam, com tudo o que têm, nas tuas nádegas, firmes, aveludadas, e que dão forma, esbelta, atrevida demais, ao corpo do desejo, do meu desejo, ainda com muito por percorrer, conhecer.
quero, quero muito... quero dizer-to no mais intimo do teu intimo, onde me atrevo, te atreves, com sensações nuas, pernas libertas, bem abertas, guiares-me pelas profundezas do teu eu, irreverente, que anseia pelo meu ser, que penetra, para uma clausura... de prazer...!!
quero, quero muito... dizer-to...!!
7 comentários:
Porque não dizes?!
Magnífico poema.Intenso! Sensual!
Beijinhos.
Muito amor...Gostei, Sérgio. Abraço!
Atrevido em pensar, mas tímido em dizer!
Lindo escrevinhar Sérgio.
bjkas doces
tanto tanto querer...
gostei
brisas doces *
Sempre sensualidade a flor da pele..
Bom estar por aqui..
Beijo
Quero, quero tanto, ler textos seus, destes.
Onde se inspira? Quem é a musa, a diva? Desculpe, faço-lhe sempre perguntas nos comentários, mas fico com "água na boca", caso as meta no céu da minha boca.
Estava a ler o seu texto/desejo, e estava a visualizar a "cena" toda, inteira, como num filme que eu vi, e de que muito gostei: A AMANTE DO TENENTE FRANCÊS", nos finais dos anos 80, julgo eu.
ERAM AMANTES, MAS NO VERDADEIRO E ÚNICO SENTIDO DA PALAVRA.
Não foi amor à primeira vista, no qual não acredito, foi apenas um olhar, depois uma amizade cúmplice, e depois, AMOR, MUITO AMOR SIGILOSO.
Ele casado, ela não, mas não houve obstáculo, que não vencessem, que não saltassem. TÃO APAIXONANTE!
Voltando ao seu texto/desejo, o "senhor" não poupou palavras, ah, não!
Era/é isso mesmo que quer. A pele dela, parece-lhe de veludo, pois, é normal, quando se ama alguém, tudo é muto subtil, ou melhor, naqueles momentos, o mundo não é mundo é um jardim, como diz Florbela Espanca, num dos seus inúmeros sonetos.
QUEM FEIO/A o AMA, BONITO/A LHE PARECE, mas este dito não deve aplicar-se nem a o Sérgio, nem a ela, porque são ambos, muito bonitos, acho eu.
E depois, vagueia e devaneia pelas palavras do seu sentir, e para, (do verbo parar, que agora, já não é acentuado, em algumas formas verbais. Tira-se, o sentido, pelo sentido da frase, passo a redundância) quedando-se, deslumbrado, nas colinas dela que afaga como se fosse a última vez.
Na planície, deita-se, prolonga-se e saboreia o calor, e ela está tão caladinha, tão envolvida, também!
Enfim, temos algo sério e longo, porque as planícies também o são. Por exemplo, as do Alentejo, perdem-se de vista, e da nossa vista, mas nós já não "vemos" nada, assim.
UM DIA CHEIO DE LUZ INTERIOR E EXTERIOR.
Abraço, com laço.
Enviar um comentário