Sem o teu calor, sem
a tua companhia,
sou maré vazia.
Tudo que nela vivia era o nosso borbulhar,
de luxúria vagabunda, noite e dia...
sem rumo, e longe do esgotar.
sou maré vazia.
Tudo que nela vivia era o nosso borbulhar,
de luxúria vagabunda, noite e dia...
sem rumo, e longe do esgotar.
Já nada existe.
Só tu és o rosto, a alegria,
com o qual ela se envolvia e fluía.
Dá-me, dá-me uma gota de ti.
conjuga-a com
tantas que há em mim.
No teu corpo vejo
um leito em nascente,
e no meu…
há um oceano que
te quer para sempre...
há maré na enchente.
sente…
há maré na enchente.
sente…
7 comentários:
O amor tem que ser vivido a dois.
Quando só resta o amor de um fica a saudade que dói!
Magnífico poema!
Beijos.
Oi Sérgio
Feliz ano novo atrasado! Que lindo! Adorei tudo o poema, a música. É tão intenso.
Bjos. Fique com Deus.
http://ashistoriasdeumabipolar.blogspot.com.br/
Parabéns, gostei muito do seu espaço, tem muito assunto interessante.
Estarei sempre por aqui.
Até mais
Poema, onde a melancolia e o desejo coabitam.
Provavelmente existe a primeira, quando se anseia, desalmadamente, a segunda, o desejo.
Há pedidos bem nítidos, nas linhas do poema e dos seus sentires: "Dá-me, dá-me uma gota de ti".
Essa gota dela, seria para juntar-se ao seu corpo, que é já oceano.
Imagine depois da junção da gota!
Que inundação de prazer, em convulsão, apesar de ser só uma gota.
SERIA O SUFICIENTE PARA TRANSBORDAR, PARA SE DAR E PARA AMAR, PLENAMENTE.
E a maré (eu não entendo nada de mares) está na enchente, afirma-o, mas, imperativamente, pede-lhe: SENTE!
Fique certo, sem qualquer sombra e dúvida, que ela sentirá, porque, em geral, a sensibilidade feminina é mais apurada, que a masculina.
E porque não quero tanta tristeza:
PRIMAVERA
É primavera, agora, meu Amor!
O campo despe a veste de estamenha.
Não há árvore nenhuma que não tenha
O coração aberto, todo em flor!
Ah! Deixa-te vogar, calmo, ao sabor
Da vida... Não há bem que nos não venha
Dum mal que o nosso orgulho em vão desdenha!
Não há bem que não possa ser melhor!
Também despi meu triste burel pardo
E agora cheiro a rosmaninho e a nardo
E ando agora tonta, à tua espera...
Pus rosas cor-de-rosa em meus cabelos...
Parecem um rosal! Vem desprendê-los!
Meu Amor, meu Amor, é Primavera!
FLORBELA ESPANCA
Estes poemas são feitos pelo meu pai que ainda é vivo.
Aliás dei-lhe os créditos.
Beijos.
E nestas marés se sente o Amor.
Beijo
Recebeu o meu mail?
Diga sim ou não, por favor, só para eu saber se fiz a operação correta.
Obrigada!
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